Milton Célio: as ideias são como as visitas inesperadas, chegam assim sem mais nem menos
6 de Março de 2018 às 11:44
Originalmente publicado no Blog da Brinque
"Quando alguém está me olhando, brinco de sorrir. Acho que sempre é bom sorrir para quem nos olha."
Qual foi a ideia mais brincante que você teve e que virou livro? Além de me ocupar da literatura infantil, há muito tenho me dedicado a inventar jogos e brinquedos. “O Caso das Bananas”, meu livro de estreia na Editora Brinque-Book, nasceu para ser um jogo de entretenimento. Na última hora, resolvi “testá-lo” como um livro de suspense para crianças. E não é que deu certo? Seus lápis e cadernos brincam com você? Sim! Os lápis sempre brincaram de desenhar comigo, levando minha mão para lá e para cá sobre a folha de papel. Embora eu não seja ilustrador, tenho o hábito de desenhar enquanto desenvolvo novas histórias. Entretanto, para escrever, prefiro brincar com as teclas do meu computador. Quando não tem ninguém olhando, do que você brinca? E quando tem alguém olhando? Quando ninguém me olha, brinco de olhar o mundo lá fora: o movimento das ruas, as cores do céu, uma pessoa passando na calçada, um passarinho no fio elétrico (tem muita coisa por aí para olhar e brincar). Quando alguém está me olhando, brinco de sorrir. Acho que sempre é bom sorrir para quem nos olha. Em que momento, lugar, clima, hora do dia ou posição você mais gosta de ler, escrever ou desenhar? Gosto de escrever quando a noite começa a cair, no frio ou no calor, chovendo ou não, sentado em frente do computador. É um hábito antigo e raramente troco o lugar. [caption id="attachment_4167" align="aligncenter" width="415"] "O Caso das Bananas" / Texto: Milton Célio de Oliveira Filho (texto) e Mariana Massarani (ilustrações)[/caption] O que você mais gostava de ler quando criança? Mudou muito para os dias de hoje? Na infância, lia histórias em quadrinhos (super-heróis) que, na minha época, eram chamadas de gibi. Na adolescência, passei a ler tirinhas de jornal (como as do viking Hagar, o Horrível) voltadas para o público adulto. Completava o cardápio com a poesia de Drummond, João Cabral de Mello Neto e muitos livros de suspense. Meu gosto pouco mudou para os dias de hoje. >>Já brincaram com a gente: Fernando Vilela, Ilan Brenman, André Neves , Janaina Tokitata e Patricia Auerbach.Este texto foi publicado originalmente no Blog da Brinque e estava hospedado no site da Brinque-Book. A editora Brinque-Book foi integrada ao Grupo Companhia das Letras em outubro de 2020 e a migração deste conteúdo para dentro do Blog da Letrinhas tem como objetivo somar conhecimentos, unificar os blogs e fortalecer a produção de conteúdo sobre literatura infantil, leitura e formação de leitores.