19 de abril - Dia do Índio e a cultura indígena no cotidiano escolar

Originalmente publicado no Blog da Brinque
"O que sabemos sobre os povos originários? Quantos povos indígenas existem no Brasil? Quantas línguas são faladas? Qual história nos foi contada? O que conhecemos sobre as músicas, as artes e os mitos desses povos indígenas? Como incluir a diversidade cultural indígena no cotidiano escolar?" Esses são apenas alguns dos questionamentos que o Estúdio Mawaca - espaço cultural em São Paulo para quem procura ampliar seu repertório cultural e vivenciar a diversidade cultural do mundo, além de sede do grupo Mawaca - traz para sua Semana dos Saberes Indígenas, que ganha aqui no Blog da Brinque uma pequena apresentação no dia de hoje, 19 de abril, o Dia do Índio. Falar sobre a cultura indígena no cotidiano escolar, tema tão abrangente, é um desafio que jamais poderia ser concluído em apenas um texto. No entanto, o Blog da Brinque pensou que falar um pouco sobre isso, através de pesquisadores, estudiosos e profissionais comprometidos com a cultura indígena, seria um caminho para apresentar fontes confiáveis e respeitosas, colaborando, então, para que os professores (e também os pais) saíssem desse post interessados em conhecer a nossa história, com desejos de saber mais sobre a diversidade do nosso País. A seguir, vamos mostrar uma pequena seleção de projetos, ideias e iniciativas que conhecemos e que merecem ser compartilhadas e pesquisadas por todos que trabalham com a Infância ou convivem com as crianças. O Mawaca, que abre essa matéria, nos convida com o vídeo abaixo a mergulhar em seu projeto e nos demais: 1. GRUPO E ESTÚDIO MAWACA Como vocês viram, o documentário do projeto Cantos da Floresta é apenas uma das pesquisas do Mawaca. Para quem quiser saber mais, a visita ao Estúdio é um ótimo começo. Por falar nisso, três eventos estão sendo organizados para o sábado, dia 21: E para comemorar os 23 anos de carreira, o grupo fará um grande show no Auditório Ibirapuera, em 20 de maio. Basta clicar aqui para saber mais. 2. VÍDEO NAS ALDEIAS

O Vídeo nas Aldeias, fundado por Vincent Carelli, é um projeto que surgiu em 1986 como uma iniciativa precursora de produção audiovisual, no apoio das lutas indígenas e fortalecimento de suas identidades e patrimônios. Do centro de produção que registra a realidade dos povos indígenas no Brasil e forma cineastas indígenas há mais de 30 anos, com suas oficinas, agora o VNA acaba de anunciar uma plataforma onde é possível alugar ou comprar todo seu catálogo. "Por meio deste link, é possível assistir a 88 filmes, em streaming ou por download, e que podem ser comprados ou alugados por uma semana. Até então, os vídeos eram distribuídos em DVD mas, segundo Carelli, o streaming permite ampliar o acesso ao material", diz a matéria no site do Instituto Socioambiental, o ISA, outra grande fonte para educadores e famílias. Por falar nisso, fica a dica do Mirim - Povos Indígenas do Brasil para quem quiser navegar com as crianças e aprender muito. Além da plaraforma "on demand", o site do Vídeo nas Aldeias - VNA traz uma série de imagens, textos, depoimentos e notícias sobre o trabalho e a cultura indígena. É, certamente, um recurso excelente para a sala de aula! 3. VIA DOS SABERES, COLEÇÃO EDUCAÇÃO PARA TODOS (MEC) No site do Ministério da Educação, o MEC, há uma série de publicações interessantes que servem como registro e apoio aos educadores. Foi ali que entramos um livro organizado por Gersem dos Santos Luciano – Baniwa, lançando em 2006 para integrar a série Vias dos Saberes, desenvolvida pelo Projeto Trilhas de Conhecimentos: o Ensino Superior de Indígenas no Brasil / LACED – Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento / Museu Nacional – UFRJ, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad). Em oito capítulos distribuídos por 226 páginas - clique aqui para baixar a publicação -, estão textos de referência que ensinam sobre termos, organizações sociais e culturais, movimentos de resistência, cidadania, meio ambiente, diversidade, educação, saúde e economia, entre outros temas. Mas, acima de tudo, ensinam sobre as contribuições dos povos indígenas para o Brasil e o mundo. "Esperamos contribuir não só para difundir as bases conceituais para um renovado conhecimento da sociodiversidade dos povos indígenas no Brasil contemporâneo, como também para fornecer subsídios para o fortalecimento dos estudantes indígenas no espaço acadêmico, e tornar mais complexo o conhecimento dos formadores sobre essa realidade e sobre as relações que se estabelecem no convívio com as diferenças culturais. Finalmente, esperamos que a sociedade aprofunde sua busca pela democracia com superação das desigualdades sociais", diz o texto de abertura escrito por Ricardo Henriques, na época Secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad/MEC). Para educadores ou famílias, é só clicar e ler. Vale escolher um capítulo de maior interesse e desdobrar a leitura com outros materiais disponíveis no site do ISA, por exemplo. E para o assunto não se perder, saiba que em breve nós iremos contar no Blog da Brinque sobre um kit pedagógico (de brinquedos indígenas) e uma exposição prevista para junho deste ano no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, o MAE. Por fim, uma campanha que nos mostra que o que define um indígena é sua essência, e não a roupa que ele veste. Com a tag #MenosPreconceitoMaisÍndio a gente se despede desse post, esperando que o conhecimento esteja apenas começando (ou se renovando).  
Este texto foi publicado originalmente no Blog da Brinque e estava hospedado no site da Brinque-Book. A editora Brinque-Book foi integrada ao Grupo Companhia das Letras em outubro de 2020 e a migração deste conteúdo para dentro do Blog da Letrinhas tem como objetivo somar conhecimentos, unificar os blogs e fortalecer a produção de conteúdo sobre literatura infantil, leitura e formação de leitores.
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